SURRA
MERECIDA
Coisa mais
dura é apanhar da mulher é de panela e de cabo de colher, o caboclo fica meio
tonto muito difícil de parar em pé, fica com um caroço na cabeça cantando igual
um galo zé, depois que pega birra da gente parece onça com veneno de serpente,
com os olhos todo esbugalhado de tanta raiva chega estrala os dentes, usa tudo
que está na mão pra completar ainda joga agua quente, mais depois do carinho a
surra já foi esquecida, a gente fica pesando que foi uma surra merecida.
Eu estava
cansado de apanhar da mulher, então resolvi reclamar com delegado, parecia um
tanto bem humorado, sorriu de mim como se eu fosse um coitado, perdi a minha
paciência chutei o balde e falei um bocado, ai então o negocio ficou feio,
quando eu vi já estava algemado, me carregou e me botou no xadrez, eu vi a
viola em caco lá dentro eu apanhei outra vez. No outro dia ela foi me visitar
com muito dó ainda deu uma escarnecida, estou com pena mais foi uma surra
merecida.
Agora nós
estamos numa boa nunca mais apanhei por coisa atoa, com jeitinho de malandro a
os poucos as coisas de entoa, mais essa semana fui parar no hospital ela me
pegou com a filha da patroa. Desconfiado eu deixei o meu emprego ser motorista
com certeza a gente enjoa, mais quando eu cheguei em casa, sai voando como uma perdiz
avoa, na hora o meu corpo pegou fogo voltei pra casa como uma fera enfurecida
não vou embora pode me surrar porque eu sei que é uma surra merecida.
Compositor
José Divino Nunes de Oliveira ( JD Viola)
Pontes e
Lacerda MT 28/05/2016
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